(à Solange meu amor eterno)
“Anuncio de los Reyes
Bien lunada…
En su chaleko bordado
Grillos ocultos palpitan
Las estrelas de la noche”
In Romance Gitano
Federico Garcia Lorca
1928, Comares Editora
Madrid-Espanha
Mato grosso para o poema crescer,
torre e cálice de floresta
Para celebrar a mudança selvagem de
ano para ano doce
Vinho, vinhedo que celebramos há
muito em Vale Paraíso num
Inverno, natal passado que demorou
meses a preparar
Mato grosso nos lábios do poeta na
nossa casa a Europa no verão
Quando se reúnem os povos, os
refugiados à escala global
Bonitos como os chineses para um
caldo de sopa no forno
Abóbora e pera rocha em jejum, depois
de uma festa
Madrugadora que nunca se esquece,
toca todo o teu corpo
E bebe um tinto do Chile e esquece os seios, nos meus dedos
Vagabundos de mel, lembramos Santiago
com saudade infinita
Há quantos anos? Quantos dias
passaram sem as cerejas das tuas
Carícias, Deus é grande.José Gil