Ela azul e branca segura a vida no fio
efervescente da nuvem levanta as ideias
Onde nasce o lugar da casa, a escrivaninha,
o poente liso do poema. A anca do desejo entre
a ideia efervescente e a parede clara
a parede clara no fio indecifrável da tua
voz a palavra que evoca tudo: a partilha,
o sereno murmurar de silêncios, a chuva que
chia, o vento que assobia as suas águas
cá dentro, bem cá dentro, para além do
toque e da pele não existe sangue no meu
corpo, apenas a chuva e as lágrimas que
roubam o poema a Deus
efervescente da nuvem levanta as ideias
Onde nasce o lugar da casa, a escrivaninha,
o poente liso do poema. A anca do desejo entre
a ideia efervescente e a parede clara
a parede clara no fio indecifrável da tua
voz a palavra que evoca tudo: a partilha,
o sereno murmurar de silêncios, a chuva que
chia, o vento que assobia as suas águas
cá dentro, bem cá dentro, para além do
toque e da pele não existe sangue no meu
corpo, apenas a chuva e as lágrimas que
roubam o poema a Deus
entre as pedras a pobre cobra toca
o eixo doce, toca e volta a bater
onde o eixo e a árvore se encontram
dobra a lingua, bate, bate até ao dia
José Gil