O Mesmo e o outro
(à minha esposa com muita saudade, Solange)
falando na alteridade da água sobre o mármore do inverno,
o signo da identidade, a essência da poesia e da verdade,
mestre da natureza o poeta pinta a casa que tem desde a
infância toda para si
e a palavra que fugiu falsa sobre a espada do amor eterno
nas folhas de saudade que caem da árvore castanhas
com o vento e a chuva, tocam o teu umbigo
um outro nome que o seu,
o outro que seja sempre língua
a poesia é sempre linguagem.
José Gil