(De amor a
meu amor eterno Solange)
Rosa
incandescente da púbis do esquecimento
Secante à
vida todas as noites da palavra ao acto.
Não só o teatro
para o teu corpo nu,
Ainda a
língua aleatória para o poema que vive
de si,
Materialização
de sinais
Eu, isto é, os lábios de óleo, estamos longe,
A mão
leva-a o vento, somos esse ar agitado por
Um corpo
sempre duro, essa revolta dos sentidos,
Nas esquinas
urbanas da grande cidade, isto é, o dia
Da ventania, isto é, o seu osso crú
A festa da
manhã é acordar sempre contigo na gaivota da tensão
A própria
realidade a romper o silêncio, recuará no 1º de Agosto
Deste ano
depois de toda a água do oceano com memorial passado,
Onze anos
de prazer nos olhos d'água que choram a carne viva,
São as cordas, os
eixos do oceano Belo Horizonte-Lisboa
Germinação de
águas vegetais, paraiso entre a parte e o todo
Dois em um
como a papoila vermelha, invisível na sua pureza
Oculta,
amar o mar na sua fenda de seiva tangível
Todo o
corpo é um todo penetrável no limbo
Da sua
revelação completa
José Gil