Vespertinas
(à minha esposa linda linda, Solange)
chegou a véspera do grande impedimento do sol
afino a minha inteligência e memória, os flancos
das aves já vão no caminho do Sul
atravessamos o rio para entrar na cidade capital
são oito e trinta, as moças já acordaram para o
caminho da escola, na noite de dia preparam os
sapos na porta de entrada das lojas e restaurantes
por uma grande casa redonda com curvas relatam
os corpos, tudo vestido de preto e rosa como a moda
a cor cinzenta e salmão também inclui a cruz dos profetas,
onde ganhar o rebanho na capital
oh! cabras do meu coração e casa, abertas e vivas para o
andamento do gado de grande porte
vírgula a vírgula circulam-te as ancas por um destino maior
em Agosto teremos as nossas férias no Algarve e Sevilha
faz a oração de vésperas de São Cipriano, um poema de
mandarinas
entra, gazela da Zâmbia, que grande almofada de Deus iluminada
pelo sono profundo a luz vermelha da caça. O mar, o mar dos
afogamentos hoje, vai de branco a mancha negra, vai ao sol
traz o arroz e um beijo por uma dádiva de segredo.
José Gil
22-2-2016