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(fotografia de pam moxley, "chase", s/d)
Deixou-me sem carpir e arregalar os cabelos
Atiro as palavras como rasoiros de tulha
Não sei para quem – as letras vão
Reforçadas de pez - ando pelos caminhos
É feriado, senhora da luz que nos alumie
Voam os pássaros por baixo dela em ascensão
Completar um santo é uma insignificante
Construção de um livro, passam-se horas
Pois se a largaram não se perdeu nada
Na tulha o cavalo de asas foi selado da
Melhor cernelha, despede-se como uma
Flecha aberta duma galopada subiu
às costas do céu, lá onde vive outra
Geração – a globalização acabou
José Gil
1 comentário:
Que lúdico imaginar um cavalo galopando, levando um coração alado, peregrino!... Gostei, parabéns, Gil!
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