(pintura de michael argov, "young woman at the port", 1954/1955)
tenho que tocar-te toda no
cotejo dos anjos, outra
floresta nua
ardendo como
outrora nas cordilheiras
de Agosto em fogo
seta despida na penumbra
deixo-te três espelhos para
te conheceres, toco
o do espírito como o
principal - aporia de mel
o poema da penúria
rotativa, na sua territorialidade
flexiva,vibra agora
o sono das pedras
e traz a erva para
o centro da cidade
eu sou o teu hálito
canta-me a tua
redonda mão
fica na janela
estamos sós
no bairro
José Gil
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