quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Serpa 2

(ao meu amor Solange)

no saco cama das ondas de trigo e de palavras
bate a ideia, o lugar da paixão, não volta para este
carrocel onde corre o cavalo, o vinho nas gargantas
entre as palavras, as cores dos girassóis

segura as cobertas, o frio regressou ao verbo divino
e tu voas entre o oceano, procuro-te a pomba correia
no meio dos cereais e dos telefones, vibra amor
salta o saco das ondas e das nuvens do conforto
o bordado do amor cresceu ao longo dos anos
há quanto tempo o coração está aberto a este toque
vegetal e de tâmaras e anonas refrescado
 
José Gil

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