quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A fuga da palavra 10

(À minha princeza pretinha, Solange)
 
Meio a meio o prazer da manhã cedo
Onde se perdeu a palavra pelo pão fresco
Do café, pedra no fundo do poço da
Vegetação da consciência
 
Prendo o meu olhar ao teu, na mesa
Do pequeno almoço um sorriso de
Tangerina mecânica, será o grito do
Gemido pela respiração de um ananás
Florido na praia em frente, tão clara ao sol
De Janeiro chuvoso.
Um Deus para cada passo, dói o pé da
Esperança no caminho do cabelo da cicatriz,
A penugem com abertura para a frescura de
Um tempo novo. A tarde será para a caminhada
Palavras com passos simples como irmã, música
Namorada, o vigor do ferro em brasa para avançar.
 
José Gil

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