À minha namorada linda, Solange
Porque me dão
Estrelas, pão, prazeres
Cavalo, música
Namorada
Onde está o vocábulo?
O único, o exemplar
A cicatriz viva
Que seja olho de ave
Sem sombras, a luz plena em
Espiral no seu umbigo
A gaiola para guardar a palavra em fuga
Em arame de aço
Brilhante bordado a folhas de alegria em prata.
Diria que era a liberdade em botão de rosa
Como é que deixarão sair?
Quadrada como a mesa dura do amor
Ao longo do corpo líquido e do ruído natural
A natureza faz-me chorar a crispação da distância
Das hormonas em fúria
Sou um adolescente. Não sou o velho César
Na raiz do pêlo, a tua penugem.
José Gil
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