(A meu amor lindo, Solange)
Vamos, vem amor
à fruta no pomar dos afectos
à fruta no pomar dos afectos
Despe a alma da cintura do vestido rápido,
Uma fuga leve para a palavra pura, um
Lugar reservado no coração direito,
Um templo para os Deuses únicos
Traz-me o ícone do teu ventre à lingua
Como Cícero resolveu todos os problemas
Que animal somos no intervalo das águas
Por um Brasil mais perto, a mesma ortografia
A mesma palavra em fuga venenosa como o
mosquito
Passa rápida pelos dedos de cera
Uma viagem longa para o teu colo
Vamos, amor, vem a Lisboa às sete
Colinas do tempo novo
Praia grande onde mergulhei jovem no teu
conventinho
Nadando por um poema verde
Trinta e três anos de correias no cavalo
Para montar todo o dia.
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