(pintura de jim dine, "sharing the power", 2008)
ao Constantino
levanto-me devagar no lugar das
silvas onde nascem as novas palavras
gostaria de mudar o mundo levemente
porque gritei no lavabo da escada
o que é a memória sinto que não
sou eu, passo-me
mudam-se as casas erguidas nos punhos
a reforma agrária, os sem terra, como
falar deles no infinito desejo de ser
novamente eu, na pedra limpa no dia
de soltar as asas. A manhã traz as velas
o oceano é lindo, falas de distância e
eu choro entre dois mundos, que procurar
ainda nas pedras que não doa o virtual
José Gil
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