(quadro de raoul dufy, "trois nu au cargo", 1939)
escrevo onde falha o colo do oceano
no longo corpo da paisagem em todo
o seu fogo, a mão descobre a floresta
a fronteira, o rio de mel, que era uma
trança de areia húmida – a caldeira do
calor azul desmente as nuvens da água
nada está parado, nó e por isso escrevo
no mais pequeno momento tranquilo da
respiração enquanto corres nua e negra
na avenida dos coqueiros, depois a água
percorre a mão de água, tímida e breve
José Gil
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