(quadro de alexandre cabanel)
“Quando digo "meu Deus" ,
afirmo a propriedade.
Há mil deuses pessoais
em nichos da cidade”
Carlos Drumond de Andrade
Verga a varinha da senhora pelas velas
Verga o fogo na varinha do corpo aberto
Digo para dizer a areia onde o poema se
deite – é um lagar de sol e azeite, o som
dorme devagar inalteradamente, só e só
Voa rente ao mar a planar a última dormida
das gaivotas com palavras e poetas surdos
tronco, raiz descalça fonte onde verga
torta a alma do fogo reconstrói outro
silêncio – só corpo com corpo só
José Gil
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