(pintura de theodore earl butler, "cliff-normandy", s/d)
A Mar
e Constantino
cristaliza na linha do horizonte a lágrima
o rio das ondas vivas, escrevo como quem
regressa, o barco junto à caneta, a tinta dos
dedos. perco a folha que voa com a carne
do poema, choro onde o rio trava o dia
o corpo limpo na janela da noite, soluço
um novo gosto na linha das letras entre o
ar e a água – preciso da concha de um sorriso
na linha cristalizada a negro, pretinha lenta
como as canções do conjunto do oceano
matriz romântica plenamente brava
José Gil
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