Estou preso, é para bater na testa, as mãos algemadas.
Estou cego sob a lua da música do guerreiro alquimista.
Bate o arco da bravura onde a coragem está presa da anona,
Fruta do Conde para beijar na boca, devo estar a sonhar.
Avanço pelo caminho, quero caminhar junto ao oceano
Todos os dias
antes do sol nascer, o fogo abre o sentimento
Frágil no doce olhar da venda
Solta as mãos para dançar, minha Pina Bausch, solta a venda, bate
no crânio
Até à Pedra Viva, bate a astúcia de saltar, construir o corpo,
Recupera o poder no corpo livre da manga doce do beijo
Entre Birre e a Torre nascemos devagar sem a estranheza de Minas
Já não estou preso, tenho a flor do frio da esperança – a
angústia
Ainda não há o movimento pessoal – liberta as amarras do
conforto,
Vibra o primeiro passo na água salgada
Ainda fica a pergunta: quem vai dormir comigo o corpo em fogo?
O medo mora comigo, Cascais abre-se como vila clara
José Gil
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