a tua boca ferve, a tua alma
queima em pingos de suor
em plena época das castanhas.
a fervura da tua língua percorre
o teu corpo findo no meu corpo
procuro-te como a trovoada de
ontem, altas temperaturas no
corpo alagado em trinta minutos,
hoje a alegria do sol quando vens na
estrada já me aquece os pés.
como muita gente tenho os pés
frios todo o ano, cheiros e
caminhos a perder nas piruetas
do discurso do poeta, quem não gosta
do corpo da mulher crua e musical
José Gil
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