quinta-feira, 21 de julho de 2016

Poema de amor

os corpos habitam-se sem a ideia
do corpo da casa – o corpo tem cantos e 
recantos, esquinas e curvas junto à fonte
e às portas – os lugares silenciosos e quentes
são as caves com os animais

nós dormimos por cima com todo o bom calor

até ao final da noite chove, aqui nada só o som
belo, onde as flores saltam e as flores voltam
aos pés do poema nas casas de palha

volvemos o dia num bom tom de sol tardio


José Gil

Sem comentários: