(pintura de diane fraser, "tea with lemon", s/d)
abato a casa elevada e elevo a casa abatida, aqui
se quebrará a folha da verdade, o orgulho das ondas
o sim e o talvez, subo ao mais alto a que pode subir
um homem e vejo o crash e bebo chá de melissa
foi um paraíso, de repente tudo caiu, o pensamento
dos poetas sente os corações vazios, dos mortais são
inseguros e os nossos conventos conceptuais frágeis
eu sou a porta, tentaram derrubar-me mas o poema
amparou-me
abro a cura dos sábios, estou pronto para responder
sobre o compromisso da esperança, há um futuro
em frente dos homens representarei a vida e a morte
talvez hesite – corro na linha da alegria, vamos.
José Gil
3 comentários:
"Abato a casa elevada e elevo a casa abatida (...) tentaram derrubar-me mas o poema amparou-me (...)".
Não é o poeta que salva, a nado, o poema, mas sim o contrário... Este belo texto poético fez-me pensar. Obrigada ao autor.
Maria João Oliveira
Olá Jorge,
Li teu poema: crash 9, lá em escritas@yahoogrupos.com.br, belo texto! Gostei de tudo que vi e li aqui..parabéns pelo blog!
Abraços e ótima semana
Rodrigues
caro rodrigues bonfim, o poema não é meu: é do josé gil.
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