(pintura de leon adolphe auguste belly, "the sinai desert", 1856)
as palavras são conhecidas pelos frutos que criam
“as viagens não existem, são uma ilusão do espirito" (1)
não há vivalma neste poema – uma cerimónia de
silêncio e pausas pesadas e cortantes de frio, o ramo
de flores silvestres fica bem no edredom branco do
teu corpo uma grande golada da “água de sala”
numa vaga de neblina entrando pela janela com um
arco de condor, chega depois tudo é fácil e transparente
como as jarras da sala junto ao vão das sacadas
fica deitada pelas mesas o destino traça o outro lado
o navio parte em direcção a Darwin não te esqueças
José Gil
(1)ROY, Claude -
Le Journal des Voyages
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