(fotografia de james armstrong, "nature morte", s/d)
que duro a urgência da palavra como profissão
que a preto e branco guri, que noite a aguentar
o sol em bergson onde tudo se revê, apenas a
minha vontade levaram-me no meu ataúde, com a
cara tapada e choveram muitas lágrimas como um
pombo guri, cantai baixinho eu vou, a natureza é tão
subtil não construo a casa evidente, palpita sobre a pele
na caneta dura e urgente que os dedos olham a caneta
dos lábios, amar aqui é amar com sabor a pão e abóbora
voamos rente ao oceano com os frutos recentes e verdes,
chega a fruta com a manhã e todos dançam na terra aberta
a urgência do teu corpo é doce e esconde o outro corpo azul
José Gil
Sem comentários:
Enviar um comentário