(pintura de yoakim bélanger, "l'espace humain III", s/d)
uma lira na lua guarda o corpo amado
e dança perto das grandes chuvas, dança
a sereia transforma-se negra do palácio
lhe aceno, sobe a figueira, sobe alto o povo
se abeira e as janelas são poucas, nem um grito
nem uma respiração a moça preta linda linda
sobe a cova da mora e ainda os cones espreitam
os sorrisos da sombra ela avança na caneta
transparente do poeta, brilha o corpo, salta o leite
José Gil
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