(fotografia de lajos geenen, "the birth of patience", 2002)
o osso do volume na pátria dada, bandeira
de poema em todo o castelo, a celebração da
metáfora fria na garganta que sufoca, a dor no
tempo, tanto tempo de dor, a minha face de pedra
onde as lágrimas cristalizam pedra a pedra na
consciência perfeita, nas espirais do corpo em fogo
dobra-o, dobra a chuva na nuvem de lágrimas do
país cinzento na bandeira molhada, o grande lençol
azul do oceano prata anda passo a passo lento como
o vidro a fazer em fogo dói e dobra e faz e dói e vibra
José Gil
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