quinta-feira, 25 de junho de 2009

bragança 1



(imagem do castelo de bragança)


junto à estação ausente, o fim do mundo
onde me espera – lá onde pôs os pés
a minha amada, gosta do frio e ri, muitas
raízes do rio junto ao castelo onde brilha
a terra, eu cresci a imaginar-te um plano
de abertura e as chuvadas sonoras de Maio

um dia num copo e um clarinete Bragança
como a rosa púrpura onde viajei, no melhor
humor, pensando bem na grande mistura

só dois cafés e uma árvore no lugar das tílias
no parque natural de Montesinho, os seios
junto à porta ninho de cegonha, nós aldeia
no natal, havemos de subir-te encantados
na casa de xisto contrapostos como arbustos

José Gil

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