terça-feira, 10 de junho de 2014

Mãe 5

Que nos espera mãe do outro lado do mar
Frente a praia não sei se sou escrito se escrevo
Um caminho revolucionário quase divino
Na água somos outros os corpos vão e vêem
De um lado para o outro sem pobreza cristalina
Cada pobre dos mais pobres hoje em Portugal
uma bandeira das mães em súplica celestial
Tu és a figueira eu o figo ainda pequeno no
Retábulo a meio das escadas ou no quintal
Sem nada de especial, um coração cozido e tricotado
Bem junto ás ondas do mar com este vento de areia
E palavras frias apesar do sol e da primavera no fim de
Abril –  para Maio marcharemos logo no primeiro dia
 
José Gil

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