segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A fuga da palavra 14

(À minha esposa linda,Solange)
 
Onde se terá metido a palavra?
Com o teu corpo rosáceo de amor nocturno
Voo rente aos mamilos sem falar do efeito surpresa,
Cabelo avermelhado junto ao céu,
Estrelas avermelhadas,
Cicatriz na carne,
A casa de cera para a palavra em fuga.
Não mexo
As ancas no suporte da mesa,
A palavra sabe o prazer da morte.
Na sala ampla, um dia de cada vez, dias felizes,
Foge, como atrás dela, onde perdi o rasto.
 
Alguém se foi
 

José Gil


 

Sem comentários: