sexta-feira, 20 de agosto de 2010

nova aliança



(fotografia de henri cartier-bresson,"brie", 1968)


O futuro da relva já sinto a percorrer na coerência
Sinto-o a percorrer na coerência global
Uma mão dupla inteira
Na árvore negra da verdade
Física e metafísica tu que apelas todos os dias
Só te vou conhecer retrospectivamente
Na coerência global
Há ainda uma síntese pessoal embebida na poesia
Já não escrevo. Apenas me deslumbro da caneta
Sobre a folha de zinco ao sol
Estamos na “Nova Aliança”(1)
A relva a fundo nos lábios
A flor do taoismo da física
Sei que me vês mesmo com distância
Que chora da física contemporânea
Do misticismo oriental
Amanhã é sempre tarde de mais

José Gil

(1) Ilya Prigogine


José Gil

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