domingo, 22 de maio de 2016

Poema de amor 150

à minha namorada de amor diário, Solange

transporto a maçã no colo como um espasmo de palavras decifradas
voo entre as pernas vegetais dia-a-dia o mês de dezembro, vais chegar
amor ao conventinho da arrábida do teu corpo, às suas reservas naturais,
sonho tudo fechado em casa enquanto como contigo boas cerejas do
Chile, chegadas de Espanha. comendo elas atravessamos o jardim de
Benfica de mão dada, lentamente até ao nosso larguinho espiritual, escrevo
como um romance em triângulo, uma saudade de Setúbal próximo da serra
e do castelo de Palmela, vista para o mundo e o oceano, cristal dos teus
seios na muralha da estalagem

José Gil

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