quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

a fuga da palavra 25

(à minha mulher linda e jovem sempre, Solange)

quem sabe o fogo das rosas no teu peito de madrugada
só os Deuses do trigo e da aveia, os cozinheiros da carne
bem passada dentro do folar de festas na tua aldeia

vibra por um suco de maracujá e um pouco de bola quente
do carvão da noite no forno das tuas ancas brancas

despenteia todos esses cabelos perdidos no pescoço e nas
pernas por uma ascensão ao rosto dos anjos de Belém

esta é a casa, a fazenda com o teu conventinho, dá os cones,
a boca da princesa e espera o leite virginal da terra

perde os lábios no olhar celestial do príncipe.

José Gil

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