(à minha mulher linda e jovem sempre, Solange)
quem sabe o fogo das rosas no teu peito de madrugada
só os Deuses do trigo e da aveia, os cozinheiros da carne
bem passada dentro do folar de festas na tua aldeia
vibra por um suco de maracujá e um pouco de bola quente
do carvão da noite no forno das tuas ancas brancas
despenteia todos esses cabelos perdidos no pescoço e nas
pernas por uma ascensão ao rosto dos anjos de Belém
esta é a casa, a fazenda com o teu conventinho, dá os cones,
a boca da princesa e espera o leite virginal da terra
perde os lábios no olhar celestial do príncipe.
José Gil
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