terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Casa VI

(à mulher da minha vida sempre, Solange)

Quem diria sempre em casa, janelas abertas, o calor, raramente
a espinha lúdica do computador  os dias atrás dos dias os amigos
ao telefone, crespo o cabelo cresce na barba, Hemingway de
cada lado do comboio sempre a passar em quatro linhas
ouve-se como nunca na cama a delicadeza do trânsito, vamos
amor só no corredor saberemos como nasce a rosácea do prazer
vem ver as rosas do hall de entrada


José Gil

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