sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Casa VIII

escrevo na casa as horas infinitas da escrita, o lugar
da árvore da solidão, vamos pelo corredor das
lágrimas o filigrama de te procurar. Quando chegas
Quando abres a porta da alegria ao sol de Agosto
Quero-te aqui inquieto e amoroso, vem meu amor
no avião da saudade, vejo-te em cada quarto, em
cada janela e nada sei fazer enquanto te espero
as cerejas ouvem a tua voz na cozinha de todos
os santos multiplicam os pães e será infinita a paz

José Gil

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