terça-feira, 23 de agosto de 2016

Apologia para Domo

 
durmo na folha verde, a causa dos índios.
devo permanecer sereno e dono de mim
mesmo até nos sonhos  - de noite ainda
espero outro alguém na mesma relva,
gelo, gelo para os dedos da alma – um
partis pris da vida secreta para um poema
em guignol na ambição única da arte,
uma arenga poética, uma zanga com
cogitus interruptus a quem vive na
inviolável solidão
 
José Gil

Sem comentários: