segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Poema de amor Sevilha 2013

Voa pomba branca, neve no mar da rua escura brilhante
 
Quando caminho no alcatrão do desejo, onde estás?
Escreve-me em romãs de janeiro na maré vermelha, casa a
Casa um lugar do tempo novo

Ouve a carne viva cor de rosa catedral da tua voz,
No cantar brasileiro Bethânia, Chico Buarque, Caetano,
A luz da música popular para o coração se quebrar
Em choro de saudades teu jeito de amar, não estás
Noutro tempo, estás aqui agora, voa pomba sobre
O lençol branco da cama larga e vamos viajar.
Primeiro Espanha, Sevilha com amor no ónibus nocturno, namoro
Por uma noite os laranjais de D. Juan, leve luar quando
Chegarmos e depois Praça de Espanha em Barcelona,
Velho país como o nosso  onde a juventude voa como as pombas
Brancas no pomar

Quem quer dançar entre as árvores, dança o samba nas
Portas do Sol na capital ou na nossa no Miradouro da
Senhora do monte
Um território acorda o outro de pele,
Sempre a saudade da carne, chorinho.

José Gil

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