(fotografia de robin schwartz, "tower", 2006)
"Venham até a borda, ele disse. Eles disseram: Nós temos
medo. Venham até a borda, ele insistiu. Eles foram. Ele os
empurrou... E eles voaram."
Guillaume Apollinaire
Rapidamente alterada a manhã e a chuva
Nas lágrimas no peito negro, imenso espaço
Casa erguida como a poesia entre as urtigas
E a madeira da mesa, vinho pouco contido
Estou deitado no edredão branco contigo
Ninguém me ensinou mas gosto da aragem
E dos teus dedos longos nas costas, na sua
Clara plenitude de relva vermelha, a luz
Esvanece, atravessa agora comigo o turbilhão
Os cegos, os surdos chegam como anjos e voam
José Gil
1 comentário:
Caro professor,
Antes de mais quero agradecer-lhe pela oportunidade de poder conhecer os seus poemas e felicita-lo pelos belos poemas que aqui li.
Muitas felicidades
Carmen Mineiro
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