segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Poema de amor


o castelo de bragança na neve ácida
da noite, os caretos e as máscaras da
ciberarte, uma grande nebulosa sob
os trabalhos de cobre e cestaria na
técnica do imaginário entre a erosão
e a solvência do acto criativo que 
teimam em vão estabilizar junto aos
seios da cidade no limite de todos os
lados, na volatilização, a entropia azul
dos danos colaterais onde as telas são
o simulacro num dos últimos respiradores

o próprio poema nas calçadas, as especiarias
do pensamento – segura-te as âncoras da pedra
em continuidade e o volte face das ancas 
a certeza do centro, a incerteza dos teus
subúrbios entre os lábios quentes de 
alcatrão – a atmosfera do atelier, a
poética sem limites na realidade
virtual como os cones brancos
 
José Gil

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