terça-feira, 18 de outubro de 2016

Poema de amor

O lugar do vento, catavento o teu cabelo na rua clara
Larga junto na fonte marca invisível no teu ventre, as
Pernas dobradas, de joelhos contra o meu corpo
Erguido ao chão do céu
 
Enquanto faço o chá de cidreira bebo a fonte nos lugares
Vegetais das flores de encanto
Como o ananás na capela sagrada para descobrir o Ossobuco
De Itália nada sei depois para lá da folha quadriculada
Das mil folhas do ventre junto aos seios
O seu sumo claro de manga fresca, o queijo da serra e o
Teu pão na alma nova do teu olhar, um ensaio clínico ao
Teu andar na calçada portuguesa, cão a cão, a paz e o
Sossego, o néctar no teu cabelo, os caracóis a ondular
As ancas monte abaixo, vinho fino para beber
Nas alturas certas cadelinhas na praia.
 
José Gil

Sem comentários: