segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A fuga da palavra 20

(À minha esposa sempre jovem, Solange)
 
Chove,
Manhã inútil
Candeia das tuas botas altas de montar
À frente, só prédios altos da Damaia de Baixo
Agora Águas Livres,
Coxas grossas
Esfoladas das minhas mãos macias
E sensuais, arranhas as unhas do sentimento
Vamos, amor no alcatrão molhado
À sua beleza negra e forte em todas
As estradas vizinhas.
 
José Gil

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