sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A fuga da palavra 21

Amores Perfeitos
 
(À minha jovem esposa sempre, Solange)
 
Polpa de tomate vivo na mesa
Para preparar os Deuses,o triângulo inútil
Vivo na fotografia todos os parâmetros dos corpos
Colados ao amor de uma década
O silêncio de Belo Horizonte interrompido
Por uma respiração mais profunda
Cortar cabelo e barba e bigode grandioso
A trilogia de um vaso de amores perfeitos
 
Vamos agora ver no Largo Cristóvão da Gama
Os corpos no café Wanda desde 1973, o dia
Aqui nasceu ás 7,23h e já estava a escrever o
Poema para encantar a manhã, só o sol
A laranja do sol aberto no sentimento de saudade
As uvas que comíamos no jardim do Mercado
O lugar marcado do namoro por duas mandarinas
Do meu coração, abro-as gomo a gomo com
Os dedos grossos de te tocar.
 
José Gil

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