quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Poema de amor

Em mim, medio-mensagem, o horizonte dos seios
 
Onde vou encantar os olhos a teoria orquestral dos
Corpos em amor, biodança, exposição das pessoas
Aos indivíduos, guerreiros alquimistas, arte efémera
 
Na paisagem do oceano, corpo real, corpo imaginário,
A flor da liberdade e da alegria, a voz dos que não
Têm voz, a pele húmida, o cabelo farto, o que vem
Além da surpresa na plasticidade dos sujeitos
 
O barro é uma das principais matérias da expressão,
Experiência habitada por toda a tua ternura única,
Observação de teatro no luar de que é feita a substância
Da pele, nasce o dia sete e trinta em Janeiro o sol
Na sua plateia urbana e diária e caminho até ao
Toque, ao sabor da erva doce, a autonomia do sujeito,
Dar visibilidade aos abraços fortes do amor verde,
À cruz dos poemas sobre a mesa, o teu trevo vegetal
Pretinha minha um olhar único e exemplar, os teus olhos
Mesmo distantes sempre nos meus no sentido das coisas,
Catedral da sensibilidade e da beleza interior.
 
José Gil

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