quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A fuga da palavra 1

Um dia faz-se, constrói-se enquanto cantas
vem do duche, no outro canto da casa a tua
voz, encantas enquanto respiras solta
o teu abafo

Na manhã aberta muito cedo, vibra comigo
Este caminho, estrada 96. Por um memorial vivo
A casa de pedra, o lugar dos amigos, alta, alto
Falas nas ruas da vila da praia, nos subúrbios da
Grande cidade por uma romã nas ancas, a
Igreja está aberta para a missa das sete horas

Os barcos chegam, a terra toca a lota e beijas-me
Quero um país mergulhado todo o ano no sol
Sombra só nos mamilos castanhos por uns seios
De canção brasileira.

José Gil

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