sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A fuga da palavra 2

                                                            à minha princesa, Solange
 
 
Abre o braço da asa inferior por um carinho
No caminho das uvas do sol da mão por um dia
Claro, numa manhã de Janeiro
 
Fico como sempre, em casa onde regressei vivo
Por um descanso solitário numa estátua de corpo
Total junto ao peito, cristalina a lua do novo tempo
A posição da janela onde olhas o movimento
 
Abre a asa da casa, a portinhola da anca, vamos voar
 
José Gil

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