à minha
princesa, Solange
Abre o braço da
asa inferior por um carinho
No caminho das
uvas do sol da mão por um dia
Claro, numa
manhã de Janeiro
Fico como
sempre, em casa onde regressei vivo
Por um descanso
solitário numa estátua de corpo
Total junto ao
peito, cristalina a lua do novo tempo
A posição da
janela onde olhas o movimento
Abre a asa da
casa, a portinhola da anca, vamos voar
José Gil
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