segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A fuga da palavra 4

(à minha rainha Solange)
 
Traz a águia no flanco, uma palavra de rapina
Eu lembro-me de Belo Horizonte há onze anos
Quero segurar o colo e a língua, o cabelo mínimo
O mel bastante para alegrar  Janeiro para a luz
Da felicidade memorial  de todo o animal selvagem
Um desejo de lençol de linho quente, um olhar
Preso a uma face encantadora a abraçar
Carlos Drumond de Andrade, a foto do facebook
 
Contra a solidão que parte com o sono, beijo-te
Para uma palavra em fuga para Itabira.
 
José Gil

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