(À minha princesa negrinha, Solange)
Segura todas as maçãs verdes na saia curta,
O teu olhar sobe das botas altas de montar
A cadeira é dura como os teus olhos num quadro
naturalista, épico, sensual em Itabira. é Janeiro
nos algerozes da esperança no teu ventre,
altas as pernas na mesa torneadas,
o lado sagrado da casa, doce o mel para o leite quente,
o beijo inocente da carga gostosa na vila verde vegetal,
as casas e os lotes todos alinhados como palavras novas
junto ao mar imenso como o amor entre dois continentes.
só vejo a distância e choro os folhos do vestido rodado,
princesa negrita todo o dia de sol.
José Gil
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