(à minha rainha
Solange)
Abre os flancos
no côncavo do meu peito, deita a cabeça
A lua cheia e
complexa da leitura do poema, o cabelo
Vermelho angelical,
a casa mais clara de Minas, dobra
As pernas na
mesa, um copo de vinho de saudade, o telhado
Do terraço da
mão dada, não posso deixar de olhar para ti
A palavra em
fuga no recanto da tua asa negra, o precipício da Vida num lugar
feito poente, traz o brinco que eu nada esqueci
Para fazer um
anel da nossa união - uma cereja fresca
Para dar
canção, para dançar.
José Gil
Sem comentários:
Enviar um comentário