(à minha mulher a mais linda, Solange
aos poetas irmãos Félix,
Gonçalo, Constantino, Jorge
ninguém conhece a palavra
escondida em cada um dos ouvidos ao
esquecimento como substâncias naturais
nos filos da gila de água
junto entre os braços e as pernas
na praia da Oura a fim de Maio
quem se pode bailar no bar, bar
dos cavalos - sinta-se em casa, o
poema tem um pouco de cada recanto, de
cada quarto sagrado
no desejo de abrir a terra forte nos
últimos 50 anos, na serra e
no deserto grandes alterações no teu
corpo climático, uma
religião que tentamos voltar a
ganhar doce,
escrevo-te em segredo jovem, com um dedo
de cristal na dobra
José Gil
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