quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Poema de amor 21

(à minha esposa linda onze  anos de enamoramento e poesia)

cai a pedra no lugar da lágrima do amor, chove muito lá fora,
é o primeiro domingo no teu ventre de creme de leite doce
e sinto a lâmina do frio do silêncio por amor vou construindo
a muralha do oceano que nos divide é um lençol em fino linho
cor de pele muito aprimorado como o Castelo de S. Jorge a
olhar o Tejo

tudo brilha azul em cada questão do enamoramento, não há sol
nesta manhã quebrada sobre a estrada de quem quer ir e o
sofrimento dos amantes no inicio do inverno  com os ossos frios
a cegueira da memória das cerejas e das ginjas no celular avariado,

beijo-te onde repousam as pombas do meu quarto aberto à tua
chegada, sei que é segunda-feira um de Agosto de dois mil e
dezasseis às seis horas no avião Tap/Azul quem dirá o prazer
conheço a tua catedral para o avanço e recuo do corpo duro

saimos pelas águas livres até Cascais com o outro lado do oceano,
vamos agora amor é domingo e oiço novamente as tuas palavras

José Gil
3 -1-2016

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