domingo, 25 de janeiro de 2009

O Saber



(fotografia de sascha weidner, "aurora II", 2005)


ao Xavier Zarco e a Mar

o saber alegre bate a palavra-pão
a cidade desenha-se em pó azul
então já não há nada para dizer
apenas o limbo cortante do silêncio
avanço nas linhas e nos lugares
da pedra seca, bato a batida dos dentes
onde a palavra salta, matriz única

é o silêncio ainda que oiço
aqui rente ao chão do sol sem sombra
deitado na folha húmida onde bate o
dente até à entranha do mar, sereno

José Gil

1 comentário:

Unknown disse...

Camarada Gil,
Muito obrigado por esta dedicatória.
Um abraço
Xavier Zarco