quarta-feira, 15 de junho de 2016

Domingo chove todo o dia

à Solange

Chove amor aqui no centro do largo, dezoito horas
de saudade de mel e pinhões sobre os mamilos inquietos.
como é gostosa a casa quando chove e as horas passam,
tristes e doces saudades de esperança que agosto seja já.
posso ler um romance e avançar da tardinha com o chá de
cidreira, tantos livros e autores novos por descobrir em toda
a terra, terra ajardinada do teu corpo de égua jovem, os meses
vão passar rápido, só oito meses, com Deus nos seus princípios e Lisboa é
a catedral do tempo, da palavra de mel no teu pescoço, procuro
o seio e a noite cai mais cedo, chove a verdade que arrepia a trovoada
 
há raios no ar amor, vem já.
 
José Gil

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