segunda-feira, 20 de junho de 2016

Poema de amor 32 - O Amor e a morte

Trago  no colo a morte
entre duas linhas infinitas de comboio
nos limites de ferro de Cascais
 
salta a verdade pelas grades dos dedos,
hoje era o dia das tremuras
entre duas linhas infinitas de comboio

plenitude de um epitáfio
junto às cerejas de um repórter de tv

à escala global pouco sabemos da aridez da morte

quanta vida se faz ao espelho!
salta da luz no nitrato
o comboio como sempre passou,
tem um horário que a morte desconhece

Ela ainda o beijou na gare junto ao Sumol
Tocava-se o Chico Fininho

José Gil

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