terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

como se chama este poema 19



(obra de nancy kienholz, "hip hop", 2008)


carne e pedra a maior claridade
a luz que brota da sombra, a ar
rebatada mulher que salta da
janela, o sabor Pop/Rock proj
jecto de costela eléctrica até ja
zz até crash ir e voltar o que D
eus fez ou faz onde visto esse a
mor de antigo navegante esgot
ado por dentro de ti me ajoelho
relâmpago de língua negra ani
mal possante é uma grande ou
sadia flor de pinho – o teu casu
lo és já a língua da língua na
branca açucena serás sempre ne
sta manhã as pessoas não anda
ram, continuam dormindo tod
as em sonhos únicos, a romã a
tua ficou só como a beleza de u
m calendário e o comboio vazio
de ir ao céu, tenho o tamanho d
o mar equestre de uma só luz
inacabável, deita a tua espera vi
bro no adro da taberna a aldeia
a olaria dos desejos, o pé escut
a na noite o silêncio a árvo re pe
netra o oceano do beijo ancorado
há tons proibidos na fotografia. d
pende da inclinação dos olhos e
dos olhos e das flores do sol, a es
piga, o tasquófo a luz que brota

José Gil

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